Dicas sobre a disciplina Leitura e Produção de Textos (LPT) do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, da Universidade de Brasília- DF, UNB.

DESTRAVA LÍNGUA

DESTRAVA LÍNGUA

domingo, 18 de maio de 2014

Seminário 4 - Referências - Dicas

     Passada a fase de euforia de ser um calouro, nós nos deparamos com várias regras que organizam o ambiente acadêmico. Dentre elas, encontram-se as normas da ABNT, que nos auxiliam na elaboração de resumos, artigos, projetos de pesquisa, etc. 
     O seminário 4 trata da elaboração das referências bibliográficas. Estas podem aparecer no final do texto ou em notas de rodapé. Segue abaixo os links para o trabalho e as normas da ABNT mais comuns.
Resumo do seminário;
NBR 6022 - Artigo em publicação periódica científica impressa;
NBR 6023 - Referências;
NBR 6027 - Sumário;
NBR 10520 - Citações em documentos;
NBR 14724 - Trabalhos acadêmicos;
Fórmulas ABNT NBR 6023.

   Alguns sites, especialmente os de publicação de periódicos científicos, disponibilizam a referência completa de seus artigos. A SiELO (Scientific Electronic Library Online) é um ótimo exemplo disso, nela podemos encontrar diversas revistas eletrônicas do Brasil e do mundo.
        Agora, se você estiver utilizando livros, a dica é tirar uma cópia da ficha catalográfica dele, normalmente ela encontra-se na parte de trás da folha de rosto do livro. Teses, dissertações e monografias também possuem essa ficha, o que facilita no momento da elaboração da referência.



 




Resumo - Dicas

Material da aula sobre resumo: Clique aqui
Norma ABNT sobre resumo - NBR 6028

Resumo



           



             Os resumos devem ser apresentados de forma em que ressaltem o objetivo, resultado e as conclusões de determinado documento. A ordem e a extensão dos itens vão depender do tipo de resumo podendo ser informativo ou indicativo.
            O resumo deve ser precedido pela referência do documento. Além disso, deve ser composto de uma sequência de frases concisas, com uso de parágrafo único e não enumeração de tópicos.
            A primeira sentença deve ser significativa apresentando o tema principal a ser tratado. Deve ser usada a voz ativa e a terceira pessoa do singular, as palavras-chave devem encontrar-se logo abaixo do resumo separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.
            É recomendado evitar símbolos e contrações de uso não corrente. Fórmulas, equações e diagramas que não sejam absolutamente necessários, quando for imprescindível, defini-los na primeira vez em que aparecem.
           Quanto a sua extensão o resumo deve ter de 150 a 500 palavras para os de trabalhos acadêmicos, de 100 a 250 palavras para os artigos de periódicos, e de 50 a 100 palavras para os destinados à indicação a indicações breves. Resumos críticos não possuem limites de palavras por apresentar características especiais.
 

sábado, 12 de abril de 2014

Evento - II Bienal Brasil do Livro e da Leitura - Esplanada dos Ministérios




Começou, sexta-feira passada, a II Bienal Brasil do livro e da leitura de Brasília.



O evento de 10 dias terá seminários, debates, palestras, lançamentos e mostra de cinema. Clique aqui para ver a programação



A Bienal homenageia um escritor internacional e um nacional.

O uruguaio Eduardo Galeano (1940-), autor de As veias abertas da América Latina, dentre outros livros, é o homenageado internacional.


Já o homenageado nacional é o grande mestre Ariano Suassuna (1927-), autor de Auto da Compadecida, dentre outras obras. 




Se você é um amante de livros, do cinema, do teatro, enfim, das artes, como nós, não pode perder a oportunidade de visitar a II Bienal!

O Espaço Bienal está localizado na Esplanada dos Ministérios. 

(Se você quer saber como chegar na Esplanada, pode consultar o site do DFtrans, há várias linhas de ônibus que passam por lá. Clique aqui). 

As atividades diárias começam a partir das 9h e vão até a noite. 

Entrada franca.

Coerência Textual

A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. Ela constitui a textualidade, ou seja, faz de uma sucessão de palavras um texto e não um amontoado aleatório de frases.

Eis aqui, algumas dicas para escrever de modo coerente:

1. Não se contradizer: É imprescindível, ao defender um ponto de vista, se manter fiel ao mesmo até o final da argumentação. Ao atacar uma visão anteriormente defendida, o texto perde o nexo e suas ideias poderão ser facilmente refutadas.

2. Evitar redundâncias: A retomada de uma ideia anteriormente apresentada é algo perfeitamente comum na produção de um texto, no entanto o acréscimo de uma nova informação é necessário para que haja progressão. Um texto se amplia pelo apresentar de novas ideias e não pela repetição desnecessária de um mesmo ponto.

3. Não deixar as ideias soltas: Com o avançar da produção textual, ocorre a adição de novas informações e é necessário que seja estabelecida uma conexão lógica com o que já foi escrito para que elas tenham algum sentido.

4. Pesquisar os fatos: É importante estar sempre ciente da veracidade das informações antes de usá-las. Até mesmo um pequeno equívoco pode acabar com toda a credibilidade de um texto.

5. Utilizar os recursos de coesão textual



Exemplos de textos incoerentes em anúncios:









Fonte:http://culturadetravesseiro.blogspot.com.br/2009/12/generos-textuais.html

Dicas coerentes!

Material de apoio à aula. Clique aqui

Sugestão para aprofundamento no tema:


A coerência textual, de Ingedore Villaça Koch e Luiz Carlos Travaglia.

Sinopse: Expõe a constituição dos sentidos nos textos e seus fatores: os elementos linguísticos, o conhecimento do mundo, as inferências e a situação. Apoiado em exemplos bem escolhidos, traduz em miúdos a complexa propriedade da coerência textual, sendo de grande auxílio para professores de Português, vestibulandos e universitários dos cursos de Letras e Comunicação. Fonte: Editora Contexto (No site da editora estão disponíveis para baixar a Introdução e o Capítulo 1 do livro).

Coesão Textual



Coesão e coerência são elementos indispensáveis na produção textual, pois garantem a textualidade, fazendo com que o texto tenha continuidade tanto de sentido quanto de estrutura.

Coesão textual é a conexão existente entre palavras, orações, frases e parágrafos de um texto que garantem sua sequência.

Os elementos coesivos são usados para ligar as partes de um texto, a fim de se obter sentido. Existem vários conectivos que devem ser utilizados de acordo com o objetivo do autor. Dentre os mais comuns destacam-se: pois, por isso (causa e consequência); mas, embora (contraste, oposição); por exemplo, ou seja (esclarecimento); logo, dessa forma, portanto (conclusão).

A função da coesão é ligar e retomar o sentido do texto, porém é preciso empregar os elementos coesivos adequados, para que não o  torne confuso, de difícil compreensão. A coesão permite uma leitura fluente garantindo o entendimento do texto.

Exemplo de texto Coeso:





A coesão textual diz respeito às articulações gramaticais existentes entre as palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua conexão sequencial. Na tirinha acima, por exemplo, a coesão textual é estabelecida por palavras como então (que tem valor interjetivo, indicando surpresa, espanto) e que (que liga duas orações).

Fonte: http://culturadetravesseiro.blogspot.com.br/2009/12/generos-textuais.html

Dicas de Coesão!

Material base para a aula. Clique aqui
Artigo auxiliar. A coesão como propriedade textual

Autores citados no material de apoio à aula:

Ruqaiya Hasan - professora de linguística, formada na Universidade de Allahabad, Índia. Ela é esposa do também linguista Michael Alexander Kirkwood Halliday. Juntos eles publicaram a obra Cohesion in English, em 1976. Resenha do livro

 


Sugestão de leitura para aprofundamento do tema:
                
A coesão textual, Ingedore Villaça Koch
Sinopse:  Este livro identifica os mecanismos constitutivos do texto e examina, a partir deles, as classes de palavras e de sentenças, os conectivos, os processos de ordenação e de retomada do tema, os tempos verbais, entre outros fenômenos. Os exemplos e os comentários ajudam o leitor a observar, de um novo ângulo, elementos da linguagem habitualmente apresentados dentro dos limites da sentença, o que obscurece a sua real dimensão. Fonte: Editora Contexto (No site da editora o sumário e a introdução do livro estão disponíveis para baixar gratuitamente).

                          
                                              

Gêneros Discursivos



"[...] engloba uma análise do texto e do discurso e uma discrição da língua e visão da sociedade, e ainda tenta responder a questões de natureza sociocultural no uso da língua de maneira geral. O trato dos gêneros diz respeito ao trato da língua em seu cotidiano nas mais diversas formas. [...] podemos dizer que os gêneros são uma “forma de ação social”. (MARCUSCHI: 2008)





Antes de partirmos para uma definição do que chamamos de gênero textual (discursivo) devemos primeiramente entender a noção de gênero que, segundo estudiosos, é o mesmo que entender a própria noção de língua.

Para Mikhail Bakhtin a incalculável diversidade linguística se estratifica em diferentes formas, mais ou menos estáveis, as quais podemos chamar de gêneros, isto é, manifestações da língua tipificadas por características formais recorrentes e correlacionadas a diferentes atividades sociais. Assim também a escrita se estratifica em gêneros, uma forma convencional da linguagem, à qual atribuímos algum papel social, algum valor, alguma função.

Temos então a noção do que é gênero e de sua vitalidade para a comunicação. Nós nos comunicamos, falamos e escrevemos em gêneros, ou seja, não aprendemos a língua, mas alguns gêneros da língua. Assim que passamos a fazer uso da língua, da fala, passamos a fazer uso da estrutura da linguagem, ou seja, dos diversificados gêneros linguísticos. Os gêneros textuais possuem uma forma de composição, um conteúdo temático e um propósito comunicativo. Em outras palavras, o gênero textual se define por determina características de estruturação textual, forma, linguagem, tamanho e conteúdo e também, ou principalmente, pela sua função ou fim específico. Firmada a consciência de que os gêneros estão não só associados, mas inseridos, no conceito de língua e comunicação, é importante expor e definir alguns conceitos diferentes entre si, tais como: tipo textual, gênero textual e domínio discursivo.

Os tipos textuais caracterizam-se como sequência linguística (forma de linguagem), definida pela sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais relações lógicas, estilo). Em geral, constituem os tipos textuais a narração, a argumentação, a exposição, a descrição e a injunção (MARCUSCHI, 2008:154). Ingedore Koch diz que os gêneros são formados por sequências diferenciadas denominadas tipos textuais e alerta para a importância de se ter em vista que a noção de gênero não se pode confundir com a noção de tipo. (p. 119). Vimos que a comunicação é uma questão importante que se apresenta como ponto decisivo de vivência enquanto sujeito social que somos. 

Logo, falar de gênero textual é pensar sobre a língua e sobre os diferentes padrões que esta se manifesta, dependendo da realidade que se apresenta, da cultura, da situação e do contexto social em utilizamos a linguagem.Finalizando, a escolha do gênero, então, nunca se dá livremente, uma vez que optamos por usar, conforme os fatores citados, dentre os mais diversificados gêneros textuais e tipologias de textos que circulam na nossa sociedade, aquele que facilitará o entendimento à ação no contexto social ao qual estamos expostos. O trato dos gêneros diz respeito ao trato da língua em seu cotidiano nas mais diversas formas.

Exemplos:


Fonte: http://culturadetravesseiro.blogspot.com.br/2009/12/generos-textuais.html

Gêneros Discursivos - Dicas!

Vários autores são citados no texto base (Clique aqui) da aula.



Adriana Lisboa

A escritora brasileira nasceu no Rio de Janeiro. Publicou onze livros, entre os quais seis romances, uma coletânea de contos/poemas em prosa e livros para crianças e jovens. Sua obra foi traduzida para oito idiomas e publicada em vários países, incluindo França, Estados Unidos, Inglaterra, México, Itália, Suécia e Suíça.

Ganhou uma bolsa da Fundação Japão para o romance Rakushisha.

Graduou-se em música pela UniRio, com mestrado em literatura brasileira e doutorado em literatura comparada pela Uerj. Adriana Lisboa viveu na França – onde atuou como cantora de música popular brasileira – e atualmente mora nos Estados Unidos, no Colorado.





Tatiana Salem Levy
Nascida em Portugal é tradutora, escritora e doutora em Estudos Literários pela PUC-Rio.
Seu romance de estreia A chave de casa foi vencedor do prêmio São Paulo de Literatura em 2008 e finalista dos prêmios Jabuti e Zaffari & Bourbon.

 
Julián Fuks
É um escritor e crítico literário brasileiro.
Sua obra Histórias de literatura e cegueira foi finalista do Prêmio Jabuti e do Prêmio Portugal Telecom em 2007.



Esdras do Nascimento
É bacharel e licenciado em Filosofia pela PUC-Rio, Mestre em Comunicação e Doutor em Letras pela UFRJ.
Como tese de doutorado apresentou o romance Variante Gotemburgo. Pela primeira vez no Brasil, talvez no mundo, uma universidade aceitava uma obra de criação literária, e não um trabalho de pesquisa, como tese de doutorado.

 

Marilia Rothier Cardoso
É professora assistente do Departamento de Letras da PUC-Rio. Concluiu o doutorado em Letras pela PUC-Rio (1990) e atua tanto nos cursos de Graduação quanto no Programa de Pós-Gradução em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio.



Roland Barthes
Foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês.
Formou-se em Letras Clássicas em 1939, e Gramática e Filosofia em 1943, na Universidade de Paris.
Fez parte da escola estruturalista, influenciado pelo linguista Ferdinand de Saussure.